Leishmaniose canina

A leishmaniose é uma doença de ocorrência nacional, que acomete seres humanos e animais. Pode ser classificada em leishmaniose cutânea e leishmaniose visceral, também conhecida como Calazar, dependendo da espécie do protozoário envolvido na doença.

A transmissão ocorre principalmente pela picada de um flebotomíneo (vulgarmente chamados de “mosquito palha”), mas já foram descritos também transmissão pelo coito, via transplacentária e por transfusão sanguínea.

A leishmaniose visceral é a forma mais comum, podem atingir diversos órgãos, inclusive a pele. Os cães são considerados reservatório dessa doença, já que costumam apresentar elevado parasitismo cutâneo, o que pode facilitar a transmissão pela picada do flebotomíneo.

Os principais sinais clínicos observados são: prostração, emagrecimento progressivo, falta de apetite, crescimento excessivo das unhas, feridas em ponta das orelhas. Mas há que se ressaltar que a variabilidade de sinais clínicos é muito grande, tanto é que podemos ter diversos animais infectados, mas sem a doença (sem apresentar sinal clínico).

Muito comum recebermos no consultório por exemplo, animais somente com ferida ulcerativa crônica no nariz, sem qualquer outra alteração. Alterações localizadas assim podem dificultar o diagnóstico tanto pela atipia das lesões, como pela possibilidade de exames falsos negativos em exames sorológicos.

Nesses casos, outros exames, como a busca do parasita na lesão se torna importante, tanto por exame direto como por PCR (exames de biologia molecular que buscam DNA do parasita).

Apesar de ser uma doença incurável, tem tratamento, que visa dar qualidade de vida aos animais e diminuir as chances de transmissão da doença. As melhores formas de prevenção são: utilização de coleiras repelentes, evitar acúmulo de matéria orgânica e vacinação.

Vale ressaltar que a vacina não tem uma boa eficácia protetora da infecção, mas pode diminuir os danos causados pela infecção, ocasionando em uma melhor resposta imunológica do animal.

Ao perceber algum destes sintomas de Leishmaniose canina, procure seu veterinário de confiança ou um especialista em dermatologia veterinária para diagnóstico de lesões de pele.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *