nutricionais dos gatos

Atualmente observamos que a população de felinos tem crescido cada vez mais nos lares dos brasileiros. Segundo dados do IBGE, desde 2013 o crescimento da população de gatos foi duas vezes maior quando comparado ao da população de cães. Já é estimado que, em menos de 10 anos, a população de felinos irá predominar.

Devido ao crescimento dessa espécie é importante termos conhecimento sobre  as particularidades que os diferenciam dos cães. Os gatos pertencem à superfamília felidea e os cães à superfamília canídea. Embora as duas espécies sejam da ordem carnívora, a família felidea, assim como as demais espécies das famílias que estão inclusas nessa superfamília, são carnívoros estritos. Já na superfamília canidea há famílias de herbívoros estritos, como os ailurideos (panda), e as demais são de onívoros, incluindo os cães. 

Os gatos são pequenos predadores que necessitam de tecidos animais para satisfazer suas necessidades de determinados nutrientes. Alguns desses nutrientes são: a taurina o ácido araquidônico e a vitamina A. Embora seja possível desenvolver uma ração baseada em cereais para essa espécie (rações vegetarianas, veganas), tais formulações devem ter uma atenção especial aos níveis de nutrientes e a suplementação apropriada com formas purificadas sintéticas desses nutrientes essenciais. 

São espécies de origem desértica que tendem a consumir pequeno volume de água e produzir urina mais concentrada.   Esse comportamento de consumir menor volume de água e maior capacidade de concentração de urina representam fatores de risco para o desenvolvimento de cálculos urinários e doença do trato urinário inferior. 

Portanto, é importante estimular a ingestão de água em felinos através do uso de fonte e bebedouros e fornecimento de dieta úmida. A dieta úmida deve ser introduzida desde filhote, para que o animal conheça e se acostume com alimentos de diferentes texturas, pois os gatos têm dificuldade em aceitar alimentos diferentes quando já estão na fase adulta. 

Para os felinos, a proteína da dieta tem função primordial no metabolismo, pois representam importante fonte de energia e manutenção das concentrações de glicose sanguínea em jejum. Portanto, há um alto requerimento protéico dessa espécie. Em contrapartida o requerimento de carboidratos para felinos é de baixo a ausente nas dietas, pois apresentam baixas concentrações de enzimas que metabolizam esse nutriente. 

Quando submetidos a dietas com altas concentrações de glicose, apresentam dificuldade em controlar a glicemia o que pode levar a consequências para o seu metabolismo e predispor à obesidade e à resistência insulínica. Vale ressaltar a importância de preferir para felinos rações comerciais de alta qualidade, que tenham maiores teores protéicos e com predomínio de fontes de proteína de origem animal em sua composição. As rações grain free, lançadas recentemente no mercado pet, são boas opções, pois não possuem grãos de cereais em sua composição e apresentam menor teor de carboidrato e maior de proteína.

O conhecimento sobre as particularidades nutricionais da espécie, assim como hábitos alimentares é de primordial importância para a saúde e prevenção de doenças.

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